Unimed Nega Material Cirúrgico: Justiça Garante Liminar Para Cirurgia de Joelho!

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Unimed Nega Material Cirúrgico: Justiça Garante Liminar Para Cirurgia de Joelho!

Você paga seu plano de saúde por anos, esperando ter segurança quando mais precisar. Mas, no momento de uma cirurgia urgente, recebe uma notícia frustrante: o procedimento está autorizado, mas os materiais essenciais não. Essa situação, infelizmente comum, foi vivida por uma cliente da Ribeiro Cavalcante Advocacia, que viu a Unimed negar material cirúrgico indispensável para sua operação no joelho, mesmo com a gravidade de seu quadro.

No Brasil, o Código de Defesa do Consumidor protege os beneficiários contra práticas abusivas, mesmo em contratos antigos. Foi com base nesse entendimento que a Justiça do Ceará concedeu uma liminar obrigando a operadora a custear todo o tratamento de forma imediata. Entenda como essa vitória foi possível e o que você deve fazer se passar por isso.

O Caso Real: A Luta Contra a Dor e a Burocracia

Uma beneficiária de longa data do plano de saúde começou a sofrer com dores agudas e incapacitantes no joelho esquerdo. O desconforto evoluiu a ponto de limitar suas atividades mais simples do dia a dia.

Após uma Ressonância Magnética, o diagnóstico foi claro e preocupante: uma “lesão complexa do menisco medial”, com ruptura, extrusão, sinovite e outras complicações. Diante da gravidade, o médico ortopedista indicou a realização de uma cirurgia por videoartroscopia em caráter de urgência.

Para o sucesso do procedimento, o especialista prescreveu materiais específicos (OPMEs – Órteses, Próteses e Materiais Especiais), como âncoras e grampos, indispensáveis para o reparo da lesão.

A resposta da Unimed Fortaleza, no entanto, foi um balde de água fria. A operadora autorizou a cirurgia, mas negou a cobertura de todos os materiais essenciais. Na prática, a cirurgia estava liberada no papel, mas impossível de ser realizada.

A Desculpa do “Contrato Antigo” de Plano de Saúde: Uma Cláusula Abusiva

Para justificar a negativa, a Unimed apresentou dois argumentos principais:

  1. O contrato da cliente era antigo, na modalidade “não regulamentado” pela Lei nº 9.656/98.
  2. Havia uma cláusula contratual que excluía a cobertura de “aparelhos ortopédicos (órteses e próteses).

Esse tipo de argumento é recorrentemente derrubado na Justiça. A decisão que garantiu o direito da nossa cliente reforçou um ponto crucial: mesmo os contratos antigos, assinados antes da Lei dos Planos de Saúde, são regidos pelo 

Código de Defesa do Consumidor (CDC)

Isso significa que uma cláusula que impede a realização de um procedimento coberto é considerada nula e abusiva. Afinal, se o plano de saúde cobre a doença e a cirurgia para tratá-la, negar os materiais indispensáveis para que o médico possa executá-la torna a cobertura principal inútil. É uma contradição que deixa o consumidor em extrema desvantagem.

A própria Ré, em sua comunicação, admitiu que os materiais são órteses que “ficam fixos no corpo do paciente auxiliando a função dos ligamentos que foram afetados”, confessando que eles são intrinsecamente ligados ao ato cirúrgico.

A Vitória na Justiça: Liminar Garante o Direito à Saúde em 48 Horas

Diante da urgência e da recusa indevida, a Ribeiro Cavalcante Advocacia ingressou com uma Ação de Obrigação de Fazer com pedido de tutela de urgência.

A análise do Poder Judiciário foi rápida e precisa. A juíza da 26ª Vara Cível de Fortaleza reconheceu a probabilidade do direito da paciente e o perigo de dano causado pela demora.

Em decisão liminar, determinou que a Unimed Fortaleza, no prazo de 48 horas, autorizasse e custeasse integralmente o tratamento, incluindo todos os materiais necessários, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00.

A decisão destacou que o risco à saúde da beneficiária se sobrepõe ao risco patrimonial da operadora e que a recusa da ré era, de fato, abusiva.

Meu plano de saúde pode negar um material que o médico pediu?

Não. Se o material (OPME) é essencial para o sucesso de um procedimento cirúrgico que tem cobertura contratual, a negativa é considerada abusiva. A escolha da técnica e dos materiais adequados é uma prerrogativa do médico especialista, e não da operadora.

O argumento de ‘contrato antigo’ ou ‘não regulamentado’ é válido para negar cobertura?

Não. A Justiça entende que todos os contratos de saúde, mesmo os assinados antes da Lei nº 9.656/98, devem respeitar o Código de Defesa do Consumidor. Cláusulas que esvaziam o objetivo principal do contrato, como a garantia à saúde, podem ser declaradas nulas.

O que é OPME e por que os planos costumam negar?

OPME é a sigla para Órteses, Próteses e Materiais Especiais. Inclui itens como parafusos, placas, stents, marca-passos e, no caso em questão, âncoras e grampos para cirurgia de joelho. As operadoras frequentemente negam a cobertura desses materiais, alegando exclusão contratual ou que não constam no rol da ANS, geralmente por seu alto custo.

Preciso de um advogado para conseguir a liberação na Justiça?

Sim. Em casos de negativa, a via judicial é frequentemente a mais eficaz. Um advogado especialista em Direito da Saúde saberá como reunir os documentos necessários e ingressar com o pedido de tutela de urgência (liminar) para garantir que seu tratamento seja realizado sem demora, protegendo sua saúde.

Conclusão: Não Deixe Seu Direito Ser Negado

Este caso é um exemplo claro de como a atuação jurídica especializada pode reverter uma decisão injusta e garantir o acesso a um tratamento de saúde indispensável.

  • Direito do Consumidor: Seu plano de saúde, mesmo antigo, deve seguir as regras do CDC.
  • Cobertura Integral: Se a cirurgia é coberta, os materiais essenciais também devem ser.
  • Ação Rápida: Uma liminar pode garantir seu tratamento em poucos dias, evitando o agravamento da sua condição.

É fundamental guardar todos os documentos, como laudos médicos, a negativa do plano de saúde por escrito e os protocolos de atendimento. Eles são essenciais para comprovar seu direito.

A Ribeiro Cavalcante Advocacia Pode Ajudar Você

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Seu plano de saúde negou a cobertura de materiais, medicamentos ou de um procedimento cirúrgico? Você não precisa enfrentar essa batalha sozinho. A negativa indevida agrava o sofrimento e coloca sua saúde em risco.

Ribeiro Cavalcante Advocacia possui uma equipe experiente em Direito da Saúde, pronta para analisar seu caso e lutar para garantir que seus direitos sejam respeitados. Para casos complexos, a orientação profissional é fundamental. Entre em contato conosco e agende uma consulta.

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